4 passos para entrar na indústria farmacêutica

POR EGLE LEONARDI E JÚLIO MATOS
As carreiras mais promissoras e disputadas no mercado farmacêutico são as da indústria. Mas não se engane. Muito mais que aptidão e desejo de um salário melhor, ascendendo profissionalmente, é necessário determinação e foco para saber, com clareza, onde se quer chegar.
 
Esse foi o fio-condutor da live conduzida pelo diretor do CDPI Pharma – Centro de Desenvolvimento Profissional Industrial e diretor do Ephar – Instituto Analítico, Poatã Casonato, que reuniu dois importantes nomes do meio farmacêutico nacional: o gerente executivo de pesquisa e desenvolvimento da Hypera – Hypermarcas, José Neto; e o fundador do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Marcus Vinicius de Andrade.
 
1º passo: determinação
 
“Se você tem essa vontade e se você quer mesmo enveredar pelo caminho da indústria, é preciso que entenda que esse meio é para quem realmente vai correr atrás de se capacitar, de estar apto para assumir determinada vaga. É para quem quer de fato. Financeiramente falando é uma grande oportunidade”, disse Casonato ao iniciar o bate-papo.
 
 
Para exemplificar, Neto contou que, logo após concluir a graduação em Farmácia, ele ingressou em um programa de estágio na Medley, o que levou à sua contratação na sequência. Passou pela EMS – a qual se refere como uma escola técnica – e pela Eurofarma, onde desenvolveu-se e estruturou-se como gestor.
 
Questionado sobre qual deve ser o perfil do profissional de indústria farmacêutica, Neto falou que cada companhia tem um DNA, e que é preciso respeitá-lo. É a partir dele que tudo flui dentro das companhias para se conseguir os melhores resultados possíveis.
 
“Mas o que a gente busca sempre são, obviamente, profissionais que tenham nível de capacitação adequado ao cargo pleiteado, profissionais que sejam dinâmicos, muito proativos, que sejam resilientes, ou seja, que sejam capazes de se adaptar de acordo com as mudanças dentro da empresa, e, para minha área, profissionais que sejam extremamente pragmáticos e com foco em resultados”, descreve Neto.
 
Segundo ele, a indústria farmacêutica viveu dois momentos, o antes e o depois dos genéricos. O executivo classifica o pós-genéricos em duas fases e acredita que estamos vivendo a segunda fase. Na época do estabelecimento da Lei dos Medicamentos Genéricos (Lei 9.787/99) aumentaram muito as oportunidades de mercado e, claro, quem chegasse primeiro à determinada vaga se daria melhor.
 
Atualmente, o mercado está consolidado, há ainda muitas possibilidades, no entanto, agora fala-se em equipe de alta performance. O que a indústria farmacêutica quer é produtividade. De acordo com Neto, só vão se perpetuar ao longo dos anos daqui para frente no mercado empresas que sejam extremamente eficientes no seu processo produtivo, desde o processo de aquisição do insumo, até o produto acabado.
 
“Precisamos de pessoas dinâmicas, proativas, que pensem fora da caixa, que não tragam só a problemática, e que sejam extremamente pragmáticas, com foco em resultados e muito objetivo para onde queremos caminhar. A disponibilidade para mudança de cidade também é muito importante. É uma oportunidade de vida, tanto profissional como pessoal, de amadurecimento”, destaca Neto.
 
O executivo da Hypera enfatizou ainda que não há regra para início de carreira. O trabalho é o mesmo, seja em uma empresa pequena, seja em uma grande. O que muda é o volume de trabalho, a rapidez e a agilidade.
 
“Acho que existem dois caminhos: o clássico – cursar uma universidade no tempo normal, ingressar num programa de estágio e ser contratado, ou procurar por instituições como o CDPI Pharma, parceiro das empresas e que forma profissionais para que consigam chegar em um nível de igualdade aos outros concorrentes na hora de pleitear uma vaga dentro da indústria. A chave do negócio é se preparar”, indicou Neto.
 
2º passo: conhecer bem a indústria
 
Casonato prosseguiu dizendo que o segundo passo é conhecer a indústria farmacêutica e saber quais as áreas se pode atuar. E o ramo é bem vasto. O profissional pode trabalhar com:
· Produção;
· Programação e controle da produção;
· Registro de produtos;
· Garantia da qualidade e de controle de qualidade;
· Desenvolvimento de produtos;
· Desenvolvimento de embalagens;
· Departamento comercial;
· Atividades ligadas ao SAC;
· Validação de processos;
· Processos de produção e controle de qualidade;
· Auditoria sanitária;
· Auditorias no parque fabril para verificar o cumprimento das Boas Práticas de Fabricação;
· Treinamentos em Boas Práticas de Fabricação; e
· Planejamento e desenvolvimento de estratégias que estejam de acordo com as exigências de Boas Práticas de Fabricação.
 
3º passo: qualificação
 
O terceiro passo para ingressar na indústria farmacêutica é a qualificação. “Se você não entrou com estagio, você tem que se capacitar”, afirmou Casonato.
 
De acordo com o fundador do ICTQ, Andrade, o que muito se observa é que há uma tendência de as pessoas em olharem com grande ambição para a indústria, porém não sabem nem por onde começar. E a indústria é um universo gigante, com áreas mais técnicas e administrativas, nas quais a pessoa vai lidar com documentação e papelada, além de áreas mais práticas, que exigem “por a mão na massa” e ir para bancada de fato. Para ele, às vezes as pessoas desconhecem isso.
 
“Eu sou administrador de empresas e estou fazendo graduação em Farmácia. Vejo, na prática, que a graduação não nos dá nem o mínimo de como é a indústria e o funcionamento dela. Não existe um momento certo de procurar treinamento. O momento é imediatamente. Quem fica esperando perde o timing da largada para uma carreira sólida”, explicou Andrade.
 
Segundo ele, é válido ressaltar ainda que o título de pós-graduação não resolve tudo para o profissional farmacêutico ingressar na indústria. O conhecimento técnico como farmacêutico desse segmento – em qualquer área, seja na garantia, controle, assuntos regulatórios, desenvolvimento -, qualquer pessoa pode sair da graduação, realizar uma pós-graduação e adquirir. “O que faz a diferença, de fato, são a atitude e a visão da pessoa em relação a esse conhecimento, como ela aplica no dia-a-dia”, apontou Andrade.
 
4º passo: ação
 
Casonato disse, ainda, que o quarto e último passo para entrar na indústria é o profissional ir para a ação. Para isso, é preciso preparar um bom currículo e saber se direcionar para a vaga de acordo com o seu perfil. O CDPI Pharma tem parcerias com grandes companhias e faz distribuição de currículos. Os interessados podem encaminhar para vagas@cdpipharma.com.br.
 
Academia de líderes
 
O CDPI Pharma está com inscrições abertas para uma oportunidade exclusiva de treinamento com mentores, diretores e uma equipe especializada para destravar o seu potencial, usando um método poderoso, com uma experiente equipe de apoio e com os melhores especialistas para mostrar o caminho. Trata-se da Academia de Líderes, um dos programas mais completos de Alta Performance do Brasil. Com duração de quatro meses, o treinamento é composto por dez encontros on-line e dois encontros presenciais.
 
O programa promove o diálogo com líderes e profissionais conceituados, e amplia a rede de contatos dos alunos, oferecendo, assim, uma sólida e efetiva orientação profissional de carreira. É o reconhecimento imprescindível para quem deseja promover transformações relevantes na carreira farmacêutica industrial.
Para mais informações entre em contato pelo WhatsApp (62) 98162-4758 ou pelo e-mail cursos@cdpipharma.com.br.
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