CDPI Pharma capacita mais de 100 servidores técnicos da Anvisa

POR EGLE LEONARDI E JÚLIO MATOS
 
O CDPI Pharma – Centro de Desenvolvimento Profissional Industrial realizou, entre 26 e 27 de abril, um treinamento exclusivo para mais de cem servidores da Gerência de Avaliação da Qualidade de Medicamentos Sintéticos (GQMED) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O instituto é pioneiro em capacitação técnica para profissionais da indústria farmacêutica, contando com pós-graduação altamente qualificada e com corpo docente que está inserido no cotidiano dos laboratórios.
 
O gerente da GQMED/Anvisa, Raphael Sanches, explicou que o treinamento reuniu técnicos e ocorreu por uma demanda dos próprios servidores. Durante o ano, a Agência promove reuniões de avaliação individual e os profissionais citam pontos que eles necessitam de aperfeiçoamento de análise de processos. Após isso, são procuradas instituições com nível elevado e com capacidade de atender à solicitação.
“O conhecimento prático da indústria é indispensável. Muitos servidores não têm experiência prática em laboratório ou já tiveram há mais de cinco anos. É claro que é um conhecimento que a gente avalia de uma forma um pouco limitada, mas ele só advém do contato com o profissional que está na bancada, só ele sabe fazer”, afirmou o Sanches.
 
O CDPI Pharma ofereceu duas capacitações, por meio de uma transmissão, ao vivo, diretamente dos estúdios da instituição em São Paulo, com os temas Avaliação Técnica de Especificações não Farmacopeicas de IFA e Medicamentos e Estatística Aplicada a Registro e Pós-Registro.
 
A oportunidade única levou conhecimento prático de bancada da indústria para o setor regulado, o que reflete em recursos humanos mais qualificados e, consequentemente, medicamentos de melhor qualidade.
 
“Um grande diferencial do CDPI é que ele traz a visão de profissionais, gestores que estão na indústria farmacêutica para os alunos e, nesse caso, permitiu a troca de experiências com a Anvisa, ou seja, uma visão completa, o conhecimento em 360º, cursos de altíssimo nível”, garante o diretor do CDPI Pharma e diretor do Ephar – Instituto Analítico, Poatã Casonato.
 
Métodos farmacopeicos
 
O treinamento de Avaliação Técnica de Especificações não Farmacopeicas de IFA e Medicamentos foi ministrado pelos professores Lucas Sponton da Libbis e Fabíola Gonçalo, e teve como objetivo repassar para servidores da Anvisa quais os critérios utilizados para determinar quais testes são necessários para um Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) ou para um medicamento, porque quando são testes farmacopeicos segue-se a monografia farmacopeica, mas quando não são se faz necessária uma avaliação técnica mais aprofundada.
 
“Para mim foi um prazer imenso compartilhar esse assunto tão importante que é a especificação de métodos não farmacopeicos de produto acabado. Discutimos sobre os caminhos e as análises de risco que as empresas normalmente tomam quando não há monografia disponível para o produto em questão. Foi um momento bem interessante, senti uma abertura bem positiva e grande entusiasmo de entender o outro lado, o lado de quem elabora. Essa troca é riquíssima e com certeza todos nós temos muito a ganhar”, contou Fabíola, que possui 16 anos de experiência em desenvolvimento analítico.
 
Estatística aplicada
 
Em Estatística Aplicada a Registro e Pós-Registro, o professor do CDPI e especialista em aplicação da estatística como ferramenta para desenvolvimento de novos produtos na indústria farmacêutica, Renato Souza, abordou os pontos mais significativos ou considerados mais importantes em petições de registro e pós-registro, discutindo com uma visão mais focada na avaliação regulatória desses dados e menos focada na execução da análise estatística em si, sempre considerando a relevância prática dos conceitos.
 
“Foi uma excelente oportunidade, e chances como essa são extremamente importantes para se construir um ambiente regulatório muito mais saudável, com a contribuição de quem se encontra hoje do outro lado na indústria farmacêutica e de quem faz parte do órgão regulador em si. Foi um ambiente de trocas de experiência e informação, que permite identificar os pontos a serem melhorados e permite também, cada vez mais, investir em treinamentos para aperfeiçoar o que temos no cenário atual”, ressaltou Souza.
 
Segundo ele, a receptividade dos servidores da Anvisa foi muito boa, se mostraram bastante participativos, interessados no assunto, muitas dúvidas surgiram e ficou claro o interesse em ambas as partes em sempre focar na melhoria na compreensão e na geração de produtos mais seguros e eficazes para os pacientes.
Para mais informações, entre em contato pelo WhatsApp (62) 98162-4758 ou pelo e-mail cursos@cdpipharma.com.br.
 
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