Aporte do Governo com IFAs é oportunidade de geração de empregos
Por Tatiana Ferrador
O lançamento da Nova Indústria Brasil (NIB) pelo Governo Federal tem como objetivo implementar uma nova forma de gestão da produção e exportação no Brasil, também conhecida como política de neoindustrialização. A ideia é fortalecer a indústria nacional – na qual a área da saúde é uma das seis missões que devem impactar o novo desenho da cadeia industrial – como forma de reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar seu acesso.
O planejamento prevê que a produção da demanda nacional em medicamentos, vacinas e equipamentos médicos aumente de 42% para 70% no país. Para isso, um dos desafios é reduzir a importação de Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs), com reflexos significativos na balança comercial, além de diminuir a dependência tecnológica e promover inovações disruptivas no setor.
Os IFAs desempenham um papel crucial na indústria farmacêutica e têm um impacto direto na geração de empregos. Por essa razão, a nova proposta do governo é vista com bons olhos pelo setor, pois, com o aumento da produção nacional de IFAs, diversos outros segmentos da economia também serão beneficiados, desde a pesquisa até a fabricação e distribuição de medicamentos.
Dessa forma, as indústrias farmacêuticas, que antes importavam IFAs, agora precisam de mais profissionais para produção, no controle de qualidade e na regulamentação. O crescimento da produção de IFAs é estratégico para a indústria farmacêutica, impulsionando o mercado de trabalho e fortalecendo a autonomia do setor.
Entre as prioridades de financiamento, com linhas de crédito, estão medicamentos com produção verticalizada de IFAs que ainda não sejam fabricados internamente e medicamentos inovadores. Em um período de três anos estão previstos R$ 300 bilhões em investimentos, visando estimular avanços tecnológicos, assim como produtividade e competividade, aliado com aliado com geração de emprego de qualidade, usando nossas vantagens competitivas para melhorar a classificação brasileira no comércio internacional.
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