Novas aquisições da CIMED devem ocorrer no 1º tri
Duas novas aquisições da Cimed podem sair do papel ainda neste 1º trimestre. De acordo com informações do Valor Econômico, a indústria farmacêutica já está em negociações avançadas para concretizar essas operações.
Uma das incorporações envolveria o setor de dermocosméticos, embora o nome da fabricante permaneça em sigilo. A farmacêutica também planeja adquirir uma empresa especializada em vendas de porta a porta. Isso pode significar uma ameaça para as farmácias?
Segundo o CEO João Adibe, a resposta é não, já que outro projeto em fase-piloto prevê uma espécie de franquia de farmácias independentes. Por meio desse sistema, a Cimed disponibilizaria seus produtos nos PDVs e só receberia o pagamento quando ocorrer a venda na loja.
Cem estabelecimentos do varejo farmacêutico já estão envolvidos na etapa inicial. A previsão é estender o modelo para 1 mil PDVs ainda em 2024 e avançar para 10 mil lojas nos próximos anos.
“A dificuldade do microempreendedor é ter crédito, capital de giro. Por isso, neste ano, vamos inovar nosso modelo comercial”, afirmou, em entrevista do Valor Econômico.
Aquisições da Cimed compensam adiamento do IPO
As aquisições da Cimed confirmam o apetite da farmacêutica, mas ao mesmo tempo são uma resposta ao adiamento dos planos de IPO. “Temos tamanho e governança estruturada para uma oferta inicial de ações, mas não vai ser neste ano, deve ficar para 2025”, revelou Marques.
Os novos movimentos agilizariam a meta de chegar a R$ 5 bilhões de faturamento em 2024. Hoje a receita é de R$ 3 bi. No fim do ano passado, a Cimed comprou a fabricante de lenços umedecidos R2M, que hoje produz 7 milhões de unidades de marcas como Bebê Limpinho e Snow Baby.
A ideia é explorar novos nichos, com a expectativa de repetir resultados como os alcançados com a linha de hidratantes labiais Carmed. Esse produto atingiu vendas de R$ 400 milhões, o equivalente a 13% do faturamento total da indústria farmacêutica.
Adibe também deu pistas sobre outro segmento prioritário. A indústria admite estar de olho em uma ampliação do portfólio de medicamentos genéricos, categoria que vem crescendo acima da média do varejo farmacêutico nacional.
Fonte: Panorama Farmacêutico
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