Eurofarma lança fundo de US$ 100 mi para biotechs
A Eurofarma lança suas fichas no mercado de biotechs. Terceira maior indústria farmacêutica em faturamento no país, a companhia criou um fundo de venture capital de US$ 100 milhões, com foco em startups de biotecnologia inovadoras atuantes na América Latina e nos Estados Unidos.
O alvo principal é o investimento em projetos voltados para a produção de novos medicamentos, estejam eles em fase inicial de descoberta ou já em processo de concepção.
O Eurofarma Ventures fará parte da célula de inovação da farmacêutica brasileira. Somente neste ano, os aportes do laboratório em pesquisa, licenciamento e desenvolvimento pré-clínico já ultrapassaram R$ 600 milhões. Todo o trabalho está concentrado no parque Eurolab, na cidade paulista de Itapevi, com um pipeline de 400 projetos e um contingente de 600 pesquisadores.
O fundo já está em operação e a expectativa é atender 25 biotechs, com ênfase em tecnologias relacionadas à medicina de precisão, edição genética e inteligência artificial para descoberta de moléculas. Uma das empresas que está na carteira de investimentos é a Abcuro, especializada em terapias para o tratamento do câncer e de doenças autoimunes.
Eurofarma mira doenças de alta complexidade com novo fundo
A Eurofarma objetiva aprimorar seu portfólio voltado a patologias de alta complexidade com a formação do novo fundo. “Vamos priorizar iniciativas ligadas a doenças raras, neurodegenerativas, autoimunes, infecciosas e oncológicas”, comenta Pavel Herman, diretor do fundo.
“Buscamos startups que combinem a oferta de produtos disruptivos e uma plataforma robusta. As soluções podem surgir de modalidades terapêuticas em diferentes graus de maturidade, incluindo moléculas pequenas, anticorpos monoclonais, conjugados e terapias genéticas, entre outras”, acrescenta.
O investimento por empresa girará em torno de US$ 5 milhões, mas a Eurofarma não descarta novos aportes conforme a evolução de cada projeto.
Com o Eurofarma Ventures, a companhia quer também ampliar a participação no volume de negócios no Exterior. Atualmente, a farmacêutica exporta medicamentos para 20 países da América Latina, região que responde por 18% da receita total. As vendas líquidas em nível internacional superam R$ 7,1 bilhões. No fim do ano passado, obteve aval da Food Drug Administration (FDA) para se tornar o primeiro laboratório no país com operações nos Estados Unidos.
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Fonte: Panorama Farmacêutico